segunda-feira, 17 de maio de 2021

PRELÚDIO PARA MATAR (1975) DEEP RED, PROFONDO ROSSO....

PRELÚDIO PARA MATAR É UM BOM GIALLO DE DARIO ARGENTO, MAS O QUE MATA É A EDIÇÃO EM DVD DA DARK SIDE FILMES...

Esse filme marcou a minha vida de maneira negativa em 2006. Calma , eu explico melhor....

Quando fiquei sabendo que havia sido lançado pela primeira vez em DVD no Brasil, fui correndo encontrar esse tal produto para comprar... Estava super curioso para conhecer esse elogiado filme, porém, a empresa que lançou o disco, uma tal de Dark Side Filmes, relaxou completamente nessa edição e trouxe o filme metade sendo falado em italiano e metade em inglês!! 

E para piorar, as legendas apenas estavam disponíveis nos diálogos em inglês, ou seja, você ficava sem entender nada do que estavam falando em italiano...  Uma total falta de respeito com o espectador!!!

Fujam dessa edição picareta, que traz legendas apenas em algumas cenas


Recentemente resolvi baixar o filme e eu mesmo fiz a sincronização das legendas, ficando um trabalho muito melhor que a porquice em mídia original da Dark Side Filmes...e o melhor: consegui entender todo o filme e seus diálogos; o mínimo que a gente espera de um produto oficial e original, mas que não encontrei no DVD lançado porcamente no Brasil.

Bom, agora eu posso opinar sobre esse clássico de Dario Argento...

 "Prelúdio para Matar" não chega a ser necessariamente um filme de terror, está mais ligado ao suspense e a investigação policial. E falando de suspense, Dario Argento arrebentou! Há um mistério absurdo, sem provas concretas e no final as coisas se ligam. A propósito, que reviravolta do final! A identidade do assassino estava jogada na cara desde o começo e eu não havia notado.

O filme, como todo giallo, tem no estilo visual o seu ponto forte. É inegável que o uso das cores, em especial aqui o vermelho, as tomadas inovadoras e uma trilha sonora pouco convencional (que permeiam a obra de Argento) dão o tom em "Profondo Rosso", sendo características importantes e inovadoras que foram reproduzidas posteriormente em diversos filmes.

Entretanto, é preciso dizer que tem pontas soltas no roteiro e que não foram muito bem explicadas. Também, como em todo giallo, o filme padece de um roteiro um pouco absurdo, rocambolesco, meio preguiçoso - ainda que neste se procure amarrar mais as pontas e esteja acima dos demais...

Assim, é preciso comprar a ideia de um pianista que, sem experiência e motivo algum, passa a investigar um serial killer com a ajuda de uma jornalista e uma dupla de parapsicólogos. O filme é arrastado e com algumas cenas desnecessárias - a investigação leva o protagonista à uma casa dita assombrada, mas o que tem a ver aquela "casa" na história???

O filme é um pouco longo, tem hora que começa a ficar chato - ainda porque as mortes (apesar de serem muito bem feitas) são poucas.

A trilha sonora se destaca e marca a primeira parceria entre o diretor e a banda de rock progressivo Goblin, e aqui foi ousada, se compararmos com outros filmes dos anos 70, funcionando bastante nas cenas.  

Merece a conferida pra quem curte bons clássicos.


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