KIM MYERS DE A HORA DO PESADELO 2, É FILHA DE MERYL STREEP???

A atriz Kim Myers completou no dia 15 de fevereiro de 2021, seus 55 anos de vida. Você se lembra dela, é claro que sim né? Afinal, ela foi a simpática "mocinha" de "A Hora do Pesadelo 2: A Vingança de Freddy" (1985), a personagem Lisa.

Curiosidade: Nos primórdios da internet, quando tudo era mato e as 'fake news' existiam aos montes, falava-se que ela na verdade era Meryl Streep em início de carreira e com outro nome artístico. Apesar da semelhança, cada uma é uma. Eu já li comentários também de que ela era filha da Meryl Streep...mas elas não tem nenhum parentesco, apesar da semelhança física.

Kim Myers, nascida Kimberly S. Myers é uma atriz norte-americana que também interpretou Margaret, a mãe de Jarod em "The Pretender". Ela às vezes também é creditada como Kim Meyers.

Kim Myers

Myers nasceu em Los Angeles, Califórnia, em 15 de fevereiro de 1966, e é casada com o produtor e escritor Eric Small.

No cinema, Myers conseguiu ingressar pela primeira vez a partir de seu papel no filme "A Hora do Pesadelo 2: A Vingança de Freddy", como Lisa Webber. Mas ela também apareceu depois no gênero Terror em "Baby Sitter, a Noite do Delírio" (1991) e "Hellraiser IV: Herança Maldita" (1996).

Kim também atuou no filme "The Dust Factory", em 2004, escrito e dirigido por seu marido Eric Small.

NOITE DE PANICO - 1982 (ALONE IN THE DARK) DE JACK SHOLDER

"NOITE DE PÂNICO" DE JACK SHOLDER É UM THRILLER DE SUSPENSE QUE PODE AGRADAR AOS FÃS DOS SLASHER MOVIES

Filme de suspense de 1982, lançado pela New Line em seu início nas produções cinematográficas. Hoje todos conhecem essa produtora pois ela lançou grandes produções como "O Senhor dos Anéis", mas a empresa começou com vários filmes B, como esse "Noite de Pânico" (1982), título brasileiro que o longa ganhou nos tempos saudosos da fita VHS. Por falar nisso, quem trouxe essa fita VHS pela primeira vez ao Brasil foi a Mundial Filmes.

Não considero "Noite de Pânico" um slasher movie, como muitos fãs dizem por aí, pois acho que se encaixa mais para um thriller de suspense, embora apresente alguns elementos que podem agradar sim aos fãs desse tão querido subgênero. E lembre-se: Não faça sexo.

Logo em seu início já chama a atenção dos fãs de terror, pois vemos um nome muito familiar nos créditos de abertura, Robert Shaye, que é nada mais nada menos que o cara que fundou a New Line e que ajudou a produzir a série "A Hora do Pesadelo" (ele também atua em "O Novo Pesadelo - O Retorno de Freddy Krueger"). 

Robert Shaye

Levando em consideração o seu título original, esse longa também é conhecido aqui no Brasil pelo título "Sozinho No Escuro" e até tem um bom clima de suspense. Nasceu na onda dos slashers e tem ainda um poster maravilhoso que nos remete aos clássicos do período, como "Acampamento Sinistro" e "Sexta-Feira 13", mas como eu disse, ele está mais para um "thriller", e como os slashers estavam em alta nos anos 80, ele acabou também sendo vendido como um filme desse subgênero.

"Alone In The Dark" foi dirigido por Jack Sholder, o diretor de "A Hora do Pesadelo 2 - A Vingança de Freddy" (1985). A trama é bem simples mas prende a atenção: Quatro maníacos desequilibrados escapam de um sanatório psiquiátrico durante um blackout na cidade inteira! Eles acreditam que seu antigo psiquiatra foi morto pelo novo, Dan Potter, e logo se preparam para ir atrás dele e de sua familia. O ponto negativo do filme, na minha opinião, é a ausência de mortes mais elaboradas, sem muitos enquadramentos e com pouca criatividade nessas execuções... Como já informado, é uma trama bem simples, nada de novo ou original também.

Jack Sholder

Durante o blackout, os psicopatas se munem de facas e flechas quando a cidade está uma verdadeira bagunça e com vários saqueamentos em lojas, devido a escuridão, e logo chegam na casa do médico.

Agora o Dr e sua família estão à mercê dos violentos assassinos e o pior é que um deles pode estar dentro da casa com eles.

O filme tem no elenco grandes nomes como Jack Palance e Martin Landau como dois dos psicopatas. E tem ainda Donald Pleasence de ''Halloween- A Noite do Terror''! Por falar em "Halloween", o filme nos lembra muito esse clássico em alguns momentos... embora não seja tão bom quanto. Tem algumas cenas antológicas, o clima escuro, atuações convincentes... definitivamente não fazem mais filmes como antigamente!

Vale como passatempo para um fim de semana!

DVD À VENDA - HALLOWEEN H20 - 20 ANOS DEPOIS

"HALLOWEEN H20" AME OU ODEIE

Duas décadas depois de sobreviver a um massacre, Laurie (Jamie Lee Curtis) ainda é alvo de Michael Myers. Ela agora mora na Califórnia sob uma identidade falsa, mas Myers descobre seu paradeiro. Outro Halloween se aproxima, e Laurie sabe que corre perigo.

O DVD ACIMA ESTÁ FORA DE CATÁLOGO HÁ ANOS, MAS VOCÊ PODE BAIXAR ESTE DISCO NA ÍNTEGRA (COM LEGENDAS, OS MESMOS MENUS, EXTRAS...) A PARTIR DO LINK ABAIXO

Estreia Brasil:

25 de Dezembro de 1998

Esse talvez seja um dos títulos de terror que os fãs mais desejam que seja lançado em DVD ou Blu-Ray, pois o disco lançado pela Paris Filmes nos anos 2000 está fora de catálogo há mais de 10 anos!

"Halloween H20" é visto pelos fãs da saga Halloween como um dos melhores filmes da franquia, mas será que ele é realmente tudo isso? Eu pessoalmente gosto, mas também temos que reconhecer algumas falhas nessa produção de 1998.

Muitos fãs o chamam de uma "continuação digna", porque tem um Michael Myers em forma, um estilo parecido com "Panico" de Wes Craven, e o retorno da ótima e carismática Jamie Lee Curtis, mas uma coisa podemos confirmar, que ele é bem melhor que os cinco filmes anteriores. O elemento sobrenatural também volta a ficar apenas subentendido, tem gore na medida certa e, principalmente, ignoraram aquelas bobagens da seita do 5 e 6. 

Mas acho que, por causa da volta atriz Jamie Lee Curtis muitas pessoas nem perceberam os erros grotescos do filme... Por exemplo, se essa sequência é uma continuação direta do segundo filme, porque Michael Myers não ficou com nenhuma sequela das queimaduras do segundo filme? Sabemos que se passaram 20 anos desde o massacre de 1978, mas nenhuma cicatriz nas mãos de Michael Myers? Ficou sem sentido, afinal ele foi queimado vivo naquela explosão...

Mas tirando isso, podemos dizer que "Halloween H20" possui seus diferenciais favoráveis e alguns contras que se encontram mais por trás das filmagens do que dentro.

John Carpenter possuía um valor milionário para receber à época por contrato firmado com a Dimensions films - por ter sido o diretor original da franquia. Fato que Moustapha recusou depois. Logo, Carpenter saiu do projeto e Steve Miner assumiu a direção.

A cena final foi um dilema para incluí-la porque os escritores de "Halloween H20" não sabiam o que fazer quando Curtis quis terminar a série, mas Moustapha Akkad tinha uma cláusula que legalmente não permitiria que os escritores matassem Michael Myers. De acordo com o Blu-ray lançado pela Scream Factory, Curtis quase deixou o projeto poucas semanas antes das filmagens, até que Kevin Williamson apresentou a história dos paramédicos e a apresentou a Akkad.

O filme inova em alguns aspectos peculiares envolvendo ruídos e barulhos durante a filmagem na tentativa de buscar o suspense e tensão temporária, contudo, acaba caindo na mesma história e na mesma narrativa durante o desenvolvimento. Steve Miner se esforçou para distinguir algumas cenas que realmente alcançaram êxito devo admitir, mas não surpreende no final.

Com base nisso, o glamour idealizado por Carpenter não foi notado aqui.

Mas Jamie Lee Curtis sem dúvida alguma proporcionou aqui toques peculiares de profissionalismo que fazem o filme ser natural a proposta original.

Fora isso, o restante do elenco não chama muito a atenção e passa despercebido pela atuação fraca que possuem. Vamos torcer também para que alguma distribuidora o lance em Blu-Ray por aqui, pois está precisando.

DOWNLOAD

DVD HALLOWEEN H20 (1998)

PARIS FILMES

SEXTA-FEIRA 13 PARTE IV - O CAPÍTULO FINAL - CIC VÍDEO (1984)

SEXTA-FEIRA 13 PARTE IV - O CAPÍTULO FINAL -  (1984)

UM DOS FILMES MAIS NOSTÁLGICOS DA SAGA DO JASON VOORHEES!!!

A primeira vez que assisti ao "Capítulo Final" foi em outubro de 1992, mas eu já conhecia um pouco do universo "Sexta-Feira 13" pois havia assistido ao primeiro filme em 1989 (ou 1990). Além de que, na época, toda a molecada do colégio era alucinada pelos filmes da saga e viviam falando sobre o Jason, então todos sabiam um pouco a respeito. As crianças brincavam muito sobre o número de sequências: "Eu quero assistir Sexta-feira 13 parte 25, será que já tem na locadora?", entre outras piadas, afinal, a série estava super em alta na época.

Até hoje, "Sexta-Feira 13 - O Capítulo Final" é o meu preferido. Depois de vê-lo, não segui a sequência cronológica e fui assistindo aos outros filmes conforme podia. Bom, primeiro eu assisti ao original de 1980, depois veio "O Capítulo Final" (Parte 4). Posteriormente vi as partes 5 e 6. Depois veio as partes 7, 8,2 e 3. Uma bagunça total, eu sei, mas não faz muuuuita diferença acompanhar cronologicamente, pois os filmes apresentavam um "resuminho" bacana do que havia acontecido nos capítulos anteriores... e isso também tem aqui em "Sexta-Feira 13 - O Capítulo Final".

O filme tem uma atmosfera bem sombria, a dupla de irmãos - Tommy e Trish - tem muito carisma e tudo aqui tem muito daquela cara gostosa de anos 80. Jason Voorhees está em ótima forma (assim como no 3) e possui aquele final ESPETACULAR!!!!

O CAPÍTULO FINAL???

Esse era para ser o último filme da franquia Sexta-Feira 13, por isso o subtítulo: "O Capítulo Final". Mas adivinhem só, o longa foi um grande sucesso e foi o filme da série que mais arrecadou nos cinemas e também nas fitas VHS. Então, a palavra de ordem é finalizar a série mesmo??? Nada disso!!! 

O sucesso motivou as muitas sequências que vieram depois. Inclusive, chegamos até "Sexta-Feira 13 Parte IX", que ganhou o título de "Jason Vai Para o Inferno - A Última Sexta-Feira" (1993). Dá para acreditar?? E adivinhem, mais uma vez tivemos o retorno do assassino em "Jason X", de 2001. Ou seja, Jason sempre volta...independente dos títulos, nunca acredite neles!

Esse 4º filme começa exatamente de onde terminou a parte 3, assim como os anteriores que seguiam uma sequência de acontecimentos, e sendo uma característica interessante na época da "quadrilogia" dos primeiros filmes da franquia.

Na verdade, devemos considerar essa parte 4 o final de um ciclo da franquia que teve um início, meio e fim. Da parte 5 em diante os produtores resolveram tomar outros rumos, mas aí é uma outra historia.

Como todo filme da série, essa parte também tem suas falhas e furos, como por exemplo, como Jason escapa sem ser notado de um necrotério da cidade?

E como ele voltou para a floresta? Pegou um táxi, foi de ônibus, à pé???

O mestre da maquiagem Tom Savini

Apesar dessas falhas, essa parte 4 continua com seu bom e velho clima sombrio/sinistro e com mortes mais bem elaboradas e violentas (mérito para a volta do mestre da maquiagem e dos efeitos especiais, Tom Savini, e também pela marcante estreia de Kevin Yagher).

O elenco conta com bons nomes e algumas promessas da época, como os atores Crispin Glover (o famoso pai do McFly do "De Volta para o Futuro"/1985), Bruce Mahler (de "Loucademia de Polícia"/1984), Erich Anderson, Lawrence Monoson (conhecido pelo filme "O Último Americano Virgem"/1984).

Na ala feminina, destaque para as belas atrizes Barbara Howard, Judie Aronson, a rápida aparição de Lisa Freeman no começo do filme, além da bela, loira e protagonista do filme, Kimberly Beck e a veterana atriz Joan Freeman.

Mas o destaque do elenco vai para o surgimento de um ator mirim dos anos 80 e que faria muito sucesso na época. O ator Corey Feldman no papel do melhor personagem da série, Tommy Jarvis.

O final do filme e a luta entre Jason e os protagonistas/sobreviventes do filme é um dos melhores da franquia.

Curiosidades:

Por um desentendimento com os produtores e o diretor do filme, o ator intérprete de Jason nessa parte, o ator/dublê Ted White não foi creditado no filme. Ele mesmo pediu para tirar seu nome dos créditos.

A direção ficou nas mãos do competente diretor Joseph Zito, responsável por famosos filmes de ação dos anos 80 como "Braddock - O Super Comando" e "Invasão dos EUA", estrelados pelo astro Chuck Norris. Os fãs dos slashers vão se lembrar dele também em "Quem Matou Rosemary?" (1981), que também trazia um assassino violento em ação.

Mas o diretor teve diversos problemas de relacionamento com os jovens atores do filme por abuso de poder e por ter destratado a maioria do elenco durante as filmagens.

O filme é de 1984, mas estreou no Brasil em setembro de 1985. 

Por falar nisso, quem fez a sua distribuição é a saudosa e extinta CIC VÍDEO. Das partes 2 até a 8. O primeiro filme foi lançado pela Warner, o 9º pela Europa Carat Filmes, a Parte 10 pela Play Arte e o remake pela Paramount.

Super recomendado para quem é fã da franquia ou do gênero de terror!

THE FINAL TERROR, 1983 - UM SLASHER OITENTISTA COM POUCAS MORTES?

Um grupo de jovens guardas florestais, preparados para o que esperam ser um fim de semana repleto de diversão, encontram seus planos estragados por um impiedoso assassino disfarçado que espreita a floresta em busca de novas vítimas. Cabe às poucas vítimas restantes defenderem-se e pôr um fim a esta viagem de terror.

"Um grupo de pessoas foge de um assassino numa floresta". Pronto, parece ser mais um slasher comum no estilo “Sexta-feira 13”, né? Mas o filme consegue o seu diferencial por duas características: o assassino mata poucas pessoas e os personagens aqui são mais inteligentes.

Mas creio que o telespectador de slasher acaba se decepcionando um pouco, justamente pela falta de assassinatos. Chega um determinado momento que você fica até triste, ao perceber que já está quase nos momentos finais e a maioria do elenco ainda está viva.

Mas não é arrastado e te mantém curioso para saber como o filme termina... então o resultado é positivo por isso.

Detalhe para o ótimo cenário, o elenco jovem (e talentoso) incluindo Joe Pantoliano, Rachel Ward e a linda Darryl Hannan. Ah! Temos aqui também um diretor promissor: Andrew Davis.

DVD OBRAS-PRIMAS DO TERROR 2 DA VERSÁTIL É UM PÉSSIMO PRODUTO

DVD OBRAS-PRIMAS DO TERROR, ENTRE OUTROS TÍTULOS DA VERSÁTIL, É APENAS "ENCHEÇÃO DE LINGUIÇA" E NÃO RESPEITA O VERDADEIRO FÃ DA SÉTIMA ARTE

Sinceramente eu acho muito bacana a inciativa da Versátil em lançar clássicos do cinema aos fãs e colecionadores, mas é nítido também que seria muito mais interessante se os lançamentos fossem em Blu-Ray... sentimos que estamos num "atraso" muito grande quando vemos esses diversos DVDs da empresa sendo colocados no mercado.

Outro ponto negativo é o tratamento dado à "Terror Nas Trevas" (1981), uma obra-prima de Lucio Fulci que ganhou uma pisada de bola suprema dessa distribuidora de filmes, ao lançar "Terror Nas Trevas" somente com o áudio em italiano, sendo que se trata de um filme falado inteiramente em inglês. Inclusive, os dois atores principais tem o inglês como a língua principal, definitivamente não existem desculpas para tamanha "cagada".  Até a VHS dos anos 80, lançada por aqui pela extinta Dado Group foi mais sensata e trouxe o áudio original! Ouvir isso agora em italiano fica simplesmente esquisito!

"Terror Nas Trevas" está presente no box "Obras-Primas do Terror Vol.2", e para piorar, o filme também não possui nenhum real extra no DVD. Um absurdo isso, apenas nos deram alguns cards de papelão bem meia- boca sendo que as edições gringas possuem inúmeros extras, curiosidades, segredos dos bastidores, documentários, comentários dos atores, e etc. Ah, esqueci! Estamos no Brasil! Aqui temos que nos conformar com DVDs "pelados", enquanto que nos outros países os colecionadores são bem mais respeitados com filmes em Blu-Rays e lotados de materiais especiais.

Pessoalmente, acho a Versátil uma grande decepção. Quando ainda fazia sentido lançar DVD, eles não davam a MÍNIMA para o gênero. Aí, a partir de 2014, quando o Blu-ray estava consolidado entre os reais colecionadores e cinéfilos, a Versátil Hype Vídeo passa a lançar uma caralhada de filmes de terror em combos bagunçados em caríssimos DVDs. Disseram que é difícil pacaray lançar BD no Brasil, sendo que outras empresas nanicas - California, Europa, Paris, FlasStar, PlayArte, etc - lançaram uma cacetada de BDs; ruins na sua maioria esmagadora, sim, mas que servem pra mostrar que, quando se quer, é possível (ou ao menos era) ser uma pequena-nanica e lançar BD. 

DVD cheio de "atrativos", mas o mais importante é a integridade do filme, que não tá lá...

Armadilha para atrair fãs desavisados...

De boa, não entendo esse hype nada a ver com a Versátil. Me recuso a gastar $ e espaço - duas coisas muito valiosas - com os frustrantes produtos deles. Talvez eu compre alguns volumes da coleção "Slashers", pois já iniciei a coleção e possui um estilo de filme que não dá para se levar a sério mesmo. 

Por conta dessa decepção com o DVD "Obras-Primas do Terror Vol.2", eu peguei este produto e o vendi no Mercado Livre. Não dá para perder espaço na coleção com esse lançamento tão mal feito.

Depois disso eu comprei o Blu Ray (BD) espanhol de “Terror Nas Trevas”, pois além de ter uma imagem superior, tem ainda o áudio original em inglês (além do italiano e espanhol, mas me recuso em assistir nessas dublagens). Esse BD que comprei tem legendas em português de Portugal, e dá para entender tranquilamente. 

É triste saber que estamos muito mal representados aqui no Brasil, e o pior, ver essa empresa não dando a mínima atenção aos grandes clássicos. 

Acho que as pessoas em geral deveriam cobrar lançamentos mais interessantes deles, ao invés de elogiar essas edições frustrantes. Esses cards que a Versátil enfia nessas edições, nós mesmos podemos fazer com uma impressora, se quisermos!! O que importa são os extras e o respeito com o conteúdo original! No mínimo tem que ter o áudio original!! 

Querem conquistar os colecionadores com tolices, mídias ultrapassadas e papeizinhos... mas essa ideia não me convence não.

KURT RUSSELL BOTA ORDEM E ENFRENTA "O ENIGMA DE OUTRO MUNDO" (1982)

O mestre do terror John Carpenter usa de efeitos especiais e muito suspense nesta versão arrepiante do clássico "O Monstro do Ático". No verão de 1982, um time de doze pesquisadores trabalha numa remota estação na Antártica e descobre um ser alienígena submerso na neve há mais de 100.000 anos. Descongelada, a criatura mutante possui a habilidade de duplicar e se transformar em seu hospedeiro, matando-o em seguida e espalhando o terror. O problema é descobrir quem é ser humano e quem é o possível alienígena.

O ENIGMA DE OUTRO MUNDO (1982), UM CLÁSSICO DE JOHN CARPENTER QUE MISTURA HORROR COM FICÇÃO CIENTÍFICA

"O Enigma de Outro Mundo" é um ótimo exemplo de como contar uma ótima história adaptando o terror cósmico não só para o cinema, como também para os dias atuais (ou, ao menos, atuais em sua data de lançamento). O problema de vários dos filmes que tentam se utilizar dessa temática para criar terror é que eles não entendem exatamente de onde vem o medo espacial e de quais artifícios tirar proveito para representa-lo da forma mais eficiente possível. John Carpenter, por outro lado, parece ter entendido. Como já dizia H.P. Lovecraft, pai do terror cósmico, "o mais antigo e mais forte de todos os medos é o medo do desconhecido".

Enquanto outros filmes mostram completamente suas criaturas e perdem tempo tentando explica-las em uma tentativa falha de instigar a admiração do público, este simplesmente a joga no meio dos personagens do filme e cria tensão a partir da falta de informações. 

Uma das cenas mais inesquecíveis do filme de 1982

O que há de tão especial nessa criatura? Por que tantas pessoas morreram simplesmente pra tentar matá-lo? A trama já começa te provocando, e acompanhando os personagens, vamos aos poucos e em parte descobrindo sobre o que estamos lidando. Foco no "em parte", já que nem mesmo após ter assistido completamente você entende o que era.

Sim, há indícios de sua origem e hipóteses sobre como funciona o organismo, mas tais informações, além de serem obtidas apenas no meio da história, ainda são apenas pinceladas em meio a uma infinidade de possibilidades que ameaçam os personagens. O fato da criatura se modificar, ser uma forma de vida sem um corpo específico que se adapta conforme o ambiente, é algo que a torna imprevisível, e mesmo que seu visual seja extremamente utilizado para criar repulsa e ojeriza, ele ainda reserva inúmeras formas que, na simples possibilidade de surgirem, já causam medo.

Título original é "The Thing" e ganhou em remake que aqui virou "A Coisa"

Tendo criado uma ameaça que sirva bem ao propósito da história, nos deparamos com a segunda dificuldade envolvendo adaptações de terror cósmico: a já citada anteriormente ambientação contemporânea. Nos clássicos livros de H.P. Lovecraft, sempre que adentramos em uma história, ela se passa em uma época já distante. Apesar da maioria de seus contos serem contemporâneos ao ano em que foram escritos, eles adquiriram um valor artístico diferente com o passar dos anos. Enquanto para pessoas daquela época a falta de informações de fácil acesso e a dificuldade de compartilhamento era algo comum, para nós é algo difícil de se lidar. Atualmente, vivemos em um mundo onde tudo é super exposto e compartilhado, o que dilui parte do medo que compõe o terror cósmico.

Mas então como emular o sentimento do desconhecido e a solidão existencial que tais obras nos induzem a ter? Simples, condicione seus personagens a um ambiente diferente. O cenário da história de O Enigma de Outro Mundo não foi determinado a toa: um grupo de pesquisadores vivendo no ártico, sem acesso a comunicação e com interação limitada a seus próprios companheiros. São esses pontos que, de forma até mais importante do que a criatura, criam a tensão. Ainda assim, tensão por si só não compõe o terror cósmico. O que seria esse gênero se não fosse pela ameaça desconhecida?

Os efeitos especiais são um ponto forte do filme

É a junção de ambos os elementos que gera como resultado um filme que a todo momento te faz temer pelo que pode vir a ocorrer. A chance de qualquer um dos membros da equipe ser a criatura disfarçada é o principal elemento de tensão do filme. Como resultado, temos cenas extremamente agoniantes, sendo o ápice delas, na minha opinião, a que o personagem de Kurt Russel, MacReady, testa o sangue de todos para encontrar a duplicata.

Além das ferramentas de roteiro e da ótima direção, há, claro, os efeitos visuais. O ano é 1982, então a computação gráfica era simplesmente inviável. Logo, a única forma de construir a criatura era com efeitos práticos. Eu sinceramente não faço ideia de como conseguiram fazer aquilo, só sei que é incrível. Toda a textura, cor, movimentação e fluídos do monstro não só parecem extremamente plausíveis como também ajudam a te causar estranheza. Nesse quesito, o filme é simplesmente impecável.

Kurt Russell enfrenta a criatura de "The Thing" (1982)

Ainda assim, não considero esta uma obra perfeita. Apesar de possuir todo o necessário para te causar medo, ela falha um pouco na questão de personagens. As atuações são boas e a forma como o roteiro os utiliza no desenrolar de trama é ótima, mas senti falta de conhecer melhor a equipe. São muitos membros, e se você não souber previamente quantos são, isso acaba causando uma certa confusão. Eu frequentemente me pegava tentando ligar os nomes aos personagens e lembrar onde cada um deles se localizava, além de quais ainda estavam vivos. Claro, não é algo que estrague o filme, mas é um detalhe que eu senti bastante falta e me impede de dar uma nota mais alta (ainda que quatro estrelas seja algo considerável).

Apesar desse problema, os outros méritos do filme se sobressaem. Curiosidade, medo, perigo, tensão, nojo e repulsa são todos sentimentos que o filme inteligentemente utiliza para manipular o espectador. São eles que tornaram O Enigma de Outro Mundo o que é, até hoje, considerado um dos melhores filmes do subgênero de terror cósmico.

SEXTA-FEIRA 13 PARTE 2 COMPLETA 40 ANOS E COM UM BLU-RAY NOVO!!

Sexta-feira, 13 Parte 2 - Steelbook Blu-Ray chegando em março

Para  comemorar o 40º aniversário de Sexta-Feira 13 Parte 2 (1981), a Paramount Pictures está lançando uma lata colecionável dessa sequência altamente elogiada. Segundo a programação, o lançamento dos Steelbooks irá se estender até o final da década de 2020, e no ano passado tivemos o início com Sexta-feira 13 de 1980, parecendo ser uma tendência que ocorrerá com todos os demais filmes da franquia.

Este novo Blu-Ray contém a versão de cinema, juntamente com uma série de recursos especiais transferidos de versões anteriores em DVD e Blu-Ray. Um download digital também está incluído. 

SINOPSE:

“Comemore o 40º aniversário de uma das maiores sequências de terror com esta edição limitada do Steelbook. Cinco anos após o massacre em Camp Crystal Lake, a lenda enervante de Jason Voorhees e sua diabólica mãe vive. Apesar dos avisos sinistros dos moradores para ficar longe do 'Acampamento de Sangue', um grupo de conselheiros de um acampamento de verão nas proximidades decidiu explorar a área onde sete pessoas foram brutalmente massacradas. Muito em breve, eles encontram horrores próprios e os assassinatos começam novamente.”