JASON VAI PARA O INFERNO - (1993) ANIVERSÁRIO DE 30 ANOS

 JASON VAI PARA O INFERNO - A ÚLTIMA SEXTA-FEIRA (1993)

30TH ANNIVERSARY

O PIOR DA FRANQUIA COMPLETA 30 ANOS DE ANIVERSÁRIO!

Neste dia, há 30 anos, era lançada a nona parte da franquia "Sexta-Feira 13".

"Jason Goes To Hell" (1993) foi o primeiro filme da série a ser distribuído pela New Line Cinema. Também marcou a primeira vez em que o lendário título 'Sexta-feira 13' não foi usado, além de ser primeira sequência desde "Sexta-Feira 13 - O Capítulo Final" (1984) a não utilizar os tradicionais algarismos romanos.

Inferno (trocadilho intencional), literalmente é o pior filme da franquia. Também marcou por trazer um Jason Voorhees versão "larva", que fica saltitando como uma entidade demoníaca entre diversos corpos humanos... Ou seja, é como se o personagem principal não participasse do filme, pois na verdade, quem aparece fazendo as inúmeras vítimas são outros personagens secundários!

No entanto, temos algo de positivo aqui no meio de tanta bagunça. O ótimo ator Kane Hodder voltou pela terceira vez a encarnar o assassino Jason Voorhees, ao lado do criador da franquia Sean S. Cunningham, que produziu este longa pela primeira vez desde o original de 1980.

Adam Marcus

As funções de direção foram entregues a Adam Marcus, que tinha apenas 23 anos na época. Amigo do filho de Cunningham, Adam estava vivendo um sonho - e deixando milhões de fãs de "Sexta-feira 13" com inveja do tal privilégio (ou não, porque esse filme em si é uma droga).

Todos nós sabemos também que o filme foi bombardeado de críticas negativas, assim como foi muito mal financeiramente nas bilheterias. Mas, me lembro que nas locadoras foi muito disputado, e para você conseguir alugar a fita VHS, você tinha que deixar o seu nome numa lista de espera!

A imagem clássica de Jason só aparece no início e nos minutos finais... enfraquecendo ainda mais o filme!

Quando assisti pela primeira vez, foi decepção total! Eu tinha 13 anos de idade quando andava tranquilamente pela calçada, quando de repente, olhei para dentro da video-locadora daqui do meu bairro e vi aquele poster bacana pregado na parede. Aquela máscara de hoquei metalizada em meio as chamas literalmente me hipnotizou, me chamando para dentro da locadora. 

Nesse exato momento fiquei extremamente empolgado, pois nem imaginava que haviam feito um filme novo - após aquele filmado em New York (1989). Emocionado, entrei e fui até o balcão perguntar sobre esse novo capítulo da saga, e a atendente me disse: "essa fita ainda não chegou, mas chega daqui uns dias". 

Quando a "maldita" chegou, tive que esperar ainda a minha vez para aluga-la. Lembro que tinha uma lista de espera, porém não entrei na fila, não sei por qual motivo. 

Pôster que ficava na locadora, em meados de 1994

Alguns dias depois eu estava novamente na locadora escolhendo algumas fitas, quando vi uma pessoa chegar com "Jason Vai Para o Inferno" para devolver. Super atento com a entrega da fita, perguntei se tinha alguém que iria pegá-la na sequência, e a atendente disse que estava disponível se eu quisesse. Nessa hora foi só emoção, e a minha ansiedade faltava explodir para assistir logo o novo filme do Jason.

Quando coloquei a fita no video-cassete, comecei a achar estranha aquela atmosfera - que em nada tinha a ver com os filmes anteriores. Senti também a falta do slogan da Paramount Pictures, pois visualizar aquela "montanha" antes de todos os filmes anteriores era quase que um ritual, então queria vê-la novamente para seguir a tradição.

No lugar da Paramount veio o símbolo da New Line Cinema e, assim, lembrei-me automaticamente de um outro vilão clássico: Freddy Krueger (afinal, era a mesma produtora dos filmes "A Hora do Pesadelo").

Meu pai viu o título na época e disse: "Mas, e aquele outro que assistimos esses dias, não era a parte final?" Se referindo à Parte IV

O início de "Jason Vai Para o Inferno" até que foi bacana, lembro-me que a fita que assisti era a dublada, e o dublador narrou o título assim: "Jason Vai Para o Inferno - A Última Sexta-Feira 13". Ou seja, ele seguiu a força do hábito pois o título original não informa o número. Achei engraçada essa falha do dublador.

Gostei da cena inicial com aquela gostosona de toalha, indo tomar banho sozinha no acampamento. Tem o mesmo clima dos filmes anteriores, no entanto, depois, a película vai se tornando numa imensa salada sem lógica!!

Logo após a emboscada que armaram para o nosso amado Jason, começam a misturar no longa diversos elementos de outros clássicos, como uma das ideias vistas em "Halloween" (1978). Por exemplo, no filme do Michael Myers temos o assassino mascarado que fica perseguindo e tentando matar a sua irmã, certo? Já aqui, Jason também tem esse mesmo objetivo. Confuso, né? Porque Jason não tem irmãos!! 

Pois é, meus amigos... falha grande!! Aqui deram uma irmã ao filho da Pamela Voorhees - e o pior de tudo, é saber que o criador do filme original, Sean S. Cunningham, também está aqui. O cara errou feio nisso, visto que no original ele deixou bem claro que Jason era filho único.

Cena que não aparece no filme, mas que podia ser vista no verso da fita VHS, lançada pela Europa Carat Vídeo (1994)

O filme também tenta se assemelhar com "Alien", faz uma alusão ao "Evil Dead" quando mostra o livro dos mortos "Necronomicon", entre outros elementos desnecessários. Foi um baque tremendo ver tanta baboseira e ruindade numa única produção. As características tradicionais da série praticamente ficaram todas de fora, mas trouxeram essas de vários filmes.

E pasmem! Mesmo considerado por muitos como o pior filme da franquia "Sexta-Feira 13", e tendo sido um fracasso retumbante nos cinemas, este 9º filme de Jason irá ganhar um documentário especial!!

Este documentário ainda não tem data de estreia

Intitulado de "The Dark Heart of Jason Voorhees: The Making of the Final Friday", este documentário contará a história dos bastidores do filme e será dirigido por Nick Hunt; e claro, Adam Marcus, o diretor do longa de 1993, irá produzi-lo.

O diretor Adam Marcus e a esposa Debra Sullivan assistem à estreia de "Jason Goes to Hell: The Final Friday" em Hollywood em 12 de agosto de 1993 no Mann's Chinese Theatre em Hollywood, Califórnia.

Hoje eu acho que a nostalgia favorece muito o filme, pois o tempo tem essa singularidade, de surpreender e ajudar a mudar algo que é tão terrível para algo um pouco mais agradável ou menos sofrível. Às vezes, o tempo até muda o status de alguns filmes ou músicas antigos, ou pelo menos consegue amenizar um pouco daquela imagem 100% negativa...

Trinta anos depois do lançamento original, pode até ser que você encontre algo de engraçado ou atraente nessa "porcaria", pois rever essas “bombas” cinematográficas após tanto tempo é como fazer uma grande viagem ao nosso passado mais íntimo… Há aquele reencontro com o seu "eu" adolescente, e neste momento provavelmente você irá se divertir perguntando para si mesmo: "Como é que, na época, eu tive coragem de assistir à esse lixo?" , "Definitivamente eu era muito estranho e diferente dos outros garotos"; ou ainda conseguirá se lembrar com carinho daquele parente ou amigo já falecido, que assistiu ao filme com você na época. Essa interação criará automaticamente uma conexão nova com o filme, fazendo com que realcemos algum sentimento positivo, que antes era impossivel de ser sentido. 

Essa nostalgia realmente é um ponto positivo que só o tempo consegue proporcionar, mas é bom deixar bem claro que o filme continua horrível e cheio de defeitos, porém, temos como bônus esse "olhar diferente", essa outra perspectiva.

CENAS MARCANTES 

JASON VAI PARA O INFERNO - A ÚLTIMA SEXTA-FEIRA?

O Jason mal aparece, não tem nenhuma cena no inferno, e se bobear, a trama nem deve acontecer numa sexta-feira!!!

-O início é bem interessante, original e movimentado. Uma garota sexy no banho entra em perigo e é encurralada pelo famoso vilão em Crystal Lake. Desesperada e com uma toalha branca enrolada sobre o seu belo corpo, ela corre para o mato, local onde tem um time enorme de policiais que já estão esperando por Jason. Foi uma armadilha encenada pela garota - contratada pelo FBI - com a finalidade de arrastar Jason na mira dos homens fardados, estes que metem bala no pobre e inocente Jason; 

-O médico comendo o coração de Jason (num momento bem difícil de engolir). Antes disso ele vai retirando de um saco preto vários pedaços do corpo do assassino e descrevendo num gravador o estado de cada fragmento, enquanto que os créditos iniciais vão subindo, numa abertura bem inusitada e diferente dos filmes anteriores; 

-A cena de sexo na cabana é mais ousada. A morte da garota durante o ato sexual também é bem violenta e sangrenta, inclusive, passou na TV Globo em sua versão Uncut, sendo que na VHS era uma versão totalmente “picotada” e mais curta;

-A cena no restaurante, com todos tentando combater Jason (ou o espírito dele no corpo do jornalista) também é memorável, rendendo muitas mortes legais e gráficas (na versão uncut, é claro!);

-Os moradores da cidade conhecem a história de Jason e usam de sua fama para lucrar com publicidade, como vemos o restaurante citado vender hambúrgueres no formato de máscara de hóquei, entre outros;

-O filme é mentiroso, não tem Jason (ele aparece pouquíssimo) e nem aparece nenhuma labareda de fogo, como aquelas que se encontram no pôster e nas capas do DVD e VHS. O fato é que o título é muito caça-níqueis, sendo apenas um spoiler do final e com muito pouco - ou nada - do seu material promocional sendo apresentado em cena. Talvez você irá se lembrar de algumas mãos gigantes que surgem por debaixo da terra puxando por Jason;

-O herói do filme, Steven Freeman, foi interpretado pelo ator John D. LeMay, que provavelmente você vai se lembrar através de sua atuação na série de TV “Sexta-feira 13”. O ator participou da tal série em 1988, então o convidaram para participar deste longa-metragem em 1992. Já aquela final girl  é lembrada como uma das piores de toda a saga. E a adaga mágica? Da onde surgiu aquilo? Nunca foi referenciada em nenhum outro filme da franquia, assim como quase tudo que é apresentado aqui neste nono filme;

-O final? Temos que assumir que ficou épico, com Freddy Krueger agarrando a famosa máscara de hóquei. Na época, eu lembro que foi a melhor cena para mim... que grande acerto da New Line! O único, né?

Vamos nos preparar para a luta do século, Bro!!

Na verdade, a produtora comprou os direitos da franquia para justamente fazer o crossover "Freddy Vs. Jason", que foi lançado apenas em 2003, 10 anos após o lançamento de "Jason Vai Para o Inferno - A Última Sexta-Feira".

E vocês, fãs da série... Como se sentem em relação a "Jason Vai Para o Inferno", 3 décadas depois??

HELL NIGHT 1981 NOITE INFERNAL COM LINDA BLAIR

NOITE INFERNAL (1981)

Quando assisti a esse filme pela primeira vez, há uns 15 anos, achei até legalzinho, mas agora fui rever e achei insuportável de tão chato e cansativo. Dormi várias vezes tentando acompanhar a história parada, com atores péssimos, e diálogos desinteressantes. 

Linda Blair está horrível, a personagem dela é chata e sua atuação muito canastrona, sendo com certeza um grande momento "vergonha alheia" de sua carreira. 

"Noite Infernal" é um slasher de 1981, um ano produtivo para o subgênero, mas infelizmente é fraco e ruím em todos os aspectos, principalmente por apresentar mortes que não surpreendem ninguém.

O filme foi lançado em fita VHS no Brasil (nos anos 80, capa acima), e também saiu recentemente em duas edições em DVD. 

Você poderá encontrá-lo no volume 2 da coleção "Slashers", da Versátil, que traz ao todo quatro filmes do subgênero:

-Dia dos namorados macabro (My Bloody Valentine, 1981, 93 min.)

-O massacre (The Slumber Party Massacre, 1982, 77 min.)

-Feliz aniversário para mim (Happy Birthday to Me, 1981, 111 min.)

-Noite Infernal (Hell Night, 1981, 101 min.)

Assim como pode encontrá-lo também no DVD da péssima 1FILMS ENTRETENIMENTO:

A capa e a luva são convidativos...

PROM NIGHT (1980) - A MORTE CONVIDA PARA DANÇAR

A MORTE CONVIDA PARA DANÇAR (1980)

Meu Bluray importado da Espanha, com legendas em português. 

No Brasil esse filme fez sucesso juntamente com suas sequências, estas que traziam o título "Baile de Formatura". Quem lembra? Muitos desses filmes passaram também na TV aberta...

A competente atriz Jamie Lee Curtis participa deste slasher, após viver a personagem Laurie Strode de "Halloween" (1978). O rei das comédias Leslie Nielsen também está aqui, e é interessante ver o seu conhecido rosto numa produção de terror, visto que ele é um símbolo das produções de humor.

Leslie Nielsen, Jamie Lee Curtis e Michael Tough sorriem no set do filme 'Prom Night', 1980.

Como um slasher movie, acho que "A Morte Convida Para Dançar" (1980) deixa muito a desejar… pois tem poucas mortes e demora para dar início aos assassinatos. Mas, em compensação tem uma história de vingança que segura a nossa atenção, um roteiro bem feitinho, além de ter uma investigação policial que vai alertando e “confundindo” criativamente o espectador. Com certeza inspirou “Panico”, “Eu Sei O Que Vocês Fizeram no Verão Passado”, entre outros.

O filme ganhou 3 sequências, e ainda um remake bem fraco em 2008.

VHS nacional - "A Morte Convida Para Dançar" (Globo Video)

"A Morte Convida Para Dançar" saiu em VHS aqui no Brasil pela extinta Globo Vídeo, e depois ficou durante muitos anos inédito em DVD em nosso país. 

Hoje, você pode encontrá-lo facilmente em duas edições em DVD:

O volume 5 do Box "Slashers" (Versátil Home Video); e o disco lançado pela 1FILMS ENTRETENIMENTO. Incusive, essa edição da 1FILMS é interessante pois a empresa resolveu incluir todas as suas sequências no mesmo produto.

As sequências foram lançadas no Brasil como "Baile de Formatura", então esse segundo título acabou apagando um pouco o conhecido título anterior, adotado pela Globo Video.

A empresa 1FILMES lançou o box com todos os filmes como "Baile de Formatura".

Fã de slasher movies tem que conhecer! 

Apesar de "A Morte Convida Para Dançar" estar longe de ser um filme excelente, vale muito como uma curiosidade da época.

TERROR NAS SOMBRAS, JUVENTUDE PERDIDA, THE NEW KIDS

 "TERROR NAS SOMBRAS" DE SEAN S. CUNNINGHAN É UM ÓTIMO SUSPENSE!

Bluray de "Terror nas Sombras" lançado na Espanha e com legendas em português. Tive que importar, é claro!

O terror/thriller de 1985 "The New Kids" foi lançado no Brasil com o título "Terror Nas Sombras", saindo por aqui apenas em VHS e até hoje sendo um filme inédito em DVD e BluRay. Também foi exibido na TV aberta, no SBT, com o título de "Juventude Perdida".

"The New Kids" entrou e saiu dos cinemas arrecadando apenas $ 199.108 contra um orçamento de produção de 6 milhões. Recebeu críticas mistas na época e foi dirigido por Sean S. Cunningham ("Sexta-Feira 13", "Deep Star Six"). Também é uma produção conhecida por apresentar um jovem James Spader como o antagonista. 

No geral, é um bom filme, principalmente em seu terceiro ato, com as vítimas partindo para a vingança -  me lembrando um pouco o filme de Wes Craven "Aniversário Macabro" (1972). 

VHS brasileira lançada pela LK-Tel - "Terror Nas Sombras" (1985)

"The New Kids", embora não seja uma obra-prima, definitivamente tem seus grandes momentos. É um filme injustamente pouco conhecido e que merecia muito mais espaço entre os fãs do gênero Terror / Suspense, pois mistura diversos elementos eletrizantes num belo mix satisfatório. James Spader está ótimo e malvadão, naquele que foi um de seus primeiros papéis no cinema. 

E será que existe alguém que não desenvolveu uma paixão platônica pela fofa Lori Loughlin? Quase que impossível, né? Que gatinha...

Lorin Loughlin

A HISTÓRIA DA GANGUE QUE NÃO DEIXAVA OS MOCINHOS EM PAZ

O filme conta a história de Loren (Presby) e Abby (Loughlin), um casal de irmãos adolescentes que enfrentam a difícil tarefa de seguir com suas vidas após a morte prematura de seus pais. O tio Charlie (Jones) aparece e se oferece para acolher a dupla de irmãos, então Loren e Abby aceitam e se mudam para uma cidade "caipira" na Flórida. 

Loren e Abby vão morar no interior, na casa dos tios

Ao chegar, eles descobrem que o tio Charlie acabou de comprar um velho parque de diversões, para o qual ele planeja consertar e fazer fortuna. À medida que os irmãos começam a se adaptar as suas novas vidas, a bela Abby descobre que alguns dos rapazes locais se interessaram por ela, especialmente Dutra (Spader), que é um assustador líder de gangue cujos hobbies incluem uso de armas, brigas, drogas, e apostando em quem consegue pegar a nova garota... 

Dutra não aceita bem a rejeição vinda de Abby, então ele e seus comparsas participam de uma enorme vingança contra a garota e também ao seu irmão, levando muito suspense e incômodo à plateia.

 Eddie Dutra não aceita ser rejeitado

Aliás, o verdadeiro destaque aqui - pelo menos para mim - é exatamente James Spader como o loirão Eddie Dutra, um sujeito "durão" e pronto para agir contra àqueles que atravessam em seu caminho, sempre de maneira implacável e violenta.

Tem uma cena em que mocinho Loren entra escondido no quarto de Dutra, no meio da noite, então vemos que a decoração do quarto dele diz muito ao seu respeito, sendo um ótimo exemplo de dar "cara" a um personagem. Há também outros personagens interessantes em seu pequeno bando de delinquentes, mas Dutra marca o território, sem dúvidas, dando as cartas e marcando presença com suas atitudes diabólicas. 

Outro aspecto que gostei foi o fato de que os mocinhos Loren e Abby não são tão fracos e propensos à vitimização, na verdade, eles são personagens fortes que se defendiam, mesmo enfrentando diversos problemas e fraquezas. Obviamente, essa foi uma qualidade que eles herdaram do pai (interpretado por Tom Atkins), que vimos um pouco no início do filme. 

O pai - vivido pelo lendário ator Tom Atkins - sempre ensinou os filhos a terem disciplina e a se defenderem

O diálogo em "Terror nas Sombras" funciona, assim como a atuação (na maior parte), e as tomadas são excelentes. Cunningham mantém a história com muita fluidez, preparando o público para o alucinante confronto final. E que belo confronto!

Então, nos momentos finais o filme se torna ainda mais interessante, e os vilões, ainda mais insanos e sádicos por matar.

Fraudes e irregularidades levaram a atriz para a prisão em 2019

A bela atriz Lori Loughlin passou por um grande polêmica há alguns anos. Em 12 de março de 2019 a atriz foi acusada de fraude e corrupção, pois pagou 500 mil dolares para conseguir vagas numa universidade para seus filhos. No julgamento ela assumiu a fraude, e consequemente foi demitida de todos os seus trabalhos para a TV, inclusive da Netflix. Lembrando que a atriz fazia muito sucesso em diversas produções televisivas e séries americanas.

A linda Lori Loughlin enfrentando a imprensa e a lei, após escândalo de corrupção

Lori foi condenada a dois meses de prisão, tendo ainda que pagar uma multa e prestar serviços comunitários.

Voltando ao filme oitentista "Terror nas Sombras", o assisti pela primeira vez no SBT, lá em 1994, no extinto "Cinema de Graça", quando eu tinha 13 anos... e é um dos poucos longas que me incomodaram de verdade, com bastante suspense e pressão psicológica.

Em suma, este é um ótimo pequeno filme, que vale pelo menos uma única assistida, principalmente se você gosta do lado 'underground' do cinema.

"CHAMAS DA MORTE", "THE BURNING", A VINGANÇA DE CROPSY" 1981

"CHAMAS DA MORTE" É UMA DAS MAIS MAIORES REFERÊNCIAS DOS SLASHERS OITENTISTAS

Chegou na minha coleção...

Bluray espanhol com legendas em português

"The Burning" é outro slasher dos anos 80 e muito conhecido pelo público do terror, principalmente por seus efeitos gráficos - criados pelo lendário Tom Savini.

O filme também é conhecido por ter as primeiras aparições de Holly Hunter, Jason Alexander e Fisher Stevens antes de se tornarem famosos em suas carreiras. 

"The Burning" começa em 1976 no acampamento Blackfoot, onde - na tradição dos slashers movies - um grupo de campistas planeja pregar uma peça num zelador chamado Cropsy. A pegadinha sai fora do planejado, então Cropsy sofre queimaduras horríveis e é hospitalizado. 

Molecada dos infernos: Eles incendeiam o zelador do acampamento

Em seguida, avançamos para 1981, onde o deformado Cropsy recebe alta do hospital e agora vestido completamente de preto, se prepara para a sua vingança. O vilão se encontra com uma prostituta e prontamente a mata. Pronto, ela foi a primeira vítima, e em seguida, o filme volta-se ao acampamento e ao esperado massacre entre os adolescentes...

Vale ressaltar que Cropsy consegue uma tesoura de jardinagem, esta que, acaba sendo a sua famosa e clássica arma, assim como Jason tinha o seu facão afiado e Freddy a sua luva com garras. E a pergunta que fica é: Será que algum campista desavisado ​​irá sobreviver?

Dirigido por Tony Maylam, este notório filme de terror é realmente curioso, divertido e famoso, mas confesso que algumas cenas são lentas e outras muito exageradas. Depois que Cropsy mata a prostituta, leva quase 40 minutos até que ele ataque novamente, e isso para um slasher acaba se tornando um ponto muito negativo. 

Maquiagem maravilhosa criada por Tom Savini para o vilão Cropsy

Os personagens são todos bastante genéricos, onde temos o valentão Glazer (Larry Joshua, mais conhecido como o promotor de eventos de luta livre no "Homem-Aranha" de Sam Raimi), o nerd atormentado Alfred (Brian Backer), o espertinho David (Jason Alexander) e o conselheiros bonitos (Brian Matthews e Leah Aryes) que estão em um relacionamento e ocupados demais para perceber que os campistas estão desaparecendo um a um. 

"Chamas da Morte" (1981) -  seu título brasileiro - foi lançado em VHS nos anos 80, porém ficou inédito em DVD por um longo período aqui no Brasil. Hoje, o fã novato do gênero terror tem muitos títulos ao seu alcance, mas a galera "old school" sofria para ver esses filmes antigos, na era do DVD. 

A Versátil Home Video disponibilizou recentemente esse título na sua fantástica coleção "Box Slashers Vol.1". Além disso, os jovens dessa geração ainda tem uma outra opção, já que a empresa London também lançou o filme numa outra edição em DVD:

DVD da London Filmes - "Chamas da Morte" (1981)

"Chamas da Morte" é o título nacional para "The Burning"

"Chamas da Morte" é, sem dúvidas, um dos mais lembrados slashers dos anos 80, contudo algumas cenas soam muito "forçadas" e exageradas, como já citado acima. Um belo exemplo disso está naquela cena que todo mundo corteja: as mortes na jangada. Nessa cena tudo acontece em segundos e envolve muitas vítimas. Muito surreal! Ninguém quis fugir? Ninguém quis enfrentar o assassino? Ninguém pulou da jangada?

O filme também tem edições muito bruscas e mal feitas, como aquela cena da machadada no final. Sim, aquela cena é linda, eu sei… mas, não nos mostra muito como aconteceu, e mais uma vez parece que não houve resistência. 

Mesmo assim,“Chamas da Morte” tem um certo charme, efeitos de Tom Savini que impressionam, uma atmosfera anos 80 imbatível, e alguns personagens memoráveis.

VHS brasileira de "Chamas da Morte" (1981)

FJ Lucas Video

Outro "defeito" do filme, é que ele peca por ter muitas mortes diurnas - não aproveitando de momentos sombrios / atmosféricos.

Há também uma trilha sonora eficiente e assustadora, criada pelo competente músico Rick Wakeman. Outro ponto positivo, é que o filme tem a sua originalidade apesar dos clichês apresentados, se desviando um pouco da fórmula dos "slashers" e parecendo se concentrar num 'garoto final', ao invés da mulher usual que revida o vilão.

Mortes diurnas e muito sangue em "The Burning" (1981)

Então, apenas para concluir, "Chamas da Morte" é um slasher lento, demora para acontecer alguma morte, mas quando isso acontece vem de uma única vez (como a sangrenta, icônica, mas exagerada cena da jangada). De qualquer forma, é uma obra que merece ser vista pelo verdadeiro fã dos slasher movies, pois é um marco do subgênero, além de ter contribuído excessivamente na solidificação da carreira de Tom Savini. 

"Chamas da Morte" é mais uma das muitas pérolas cults dos slasher movies, produções marcantes que foram lançadas no ano de sua ascensão máxima: 1981.

Vale recordar que este sangrento longametragem também já foi transmitido na TV aberta (SBT) e recebeu o título de "A Vingança de Cropsy"

SLASHER "MANIAC COP"

"MANIAC COP" É UM SLASHER DOS ANOS 80, MAS COM ALTAS DOSES DE AÇÃO POLICIAL

Fita VHS de "Maniac Cop -  O Exterminador" (1988) lançada pela Alvorada Video para o mercado de vídeo brasileiro

"Maniac Cop - O Exterminador" (1988) me decepcionou bastante, pois o roteiro é ruim, lotado de furos e parece que estão tentando copiar o sucesso "Robocop" (1987).

No geral é um filme meio slasher - meio policial, e também cheio de altos e baixos. Não gostei muito, mas confesso que foi bom rever diversos rostos conhecidos dos anos 80. 

Trata-se de uma produção oitentista que serve mais como um passatempo qualquer e lotada de muitos personagens, porém, todos inúteis e trazendo poucas explicações ao expectador.

Inclusive, os fãs de Bruce Campbell ficam tão emocionados com a participação do astro aqui, que nem fazem questão de encontrar lógica alguma no filme…“Maniac Cop” não dá detalhes importantes sobre o vilão, se ele é um morto-vivo, de onde vem a sua imunidade à balas (até na cabeça ele é baleado), se ele é uma força sobrenatural… Enfim! Subestima demais o espectador!

Sem falar no final decepcionante e na maquiagem extremamente mal feita no rosto do nosso policial misterioso. 

Em algumas cenas, "Maniac Cop" é muito arrastado também, fazendo você brigar com o sono para não dormir. E mesmo diante de tantos pontos negativos, tiveram a coragem de fazer mais duas sequências: "Maniac Cop 2" e "Maniac Cop 3". Inclusive o slogan do segundo filme, eu lembro que era assim: "Você tem o direito de permanecer em silêncio....Para sempre!"

Esperava muito mais de "Maniac Cop"! Mais terror, e menos ação policial. 

ACAMPAMENTO SINISTRO III (SLEEPAWAY CAMP III)

"Acampamento Sinistro III" foi lançado no Brasil pela primeira vez em fita VHS pela empresa "Vic Home Vídeo". Na verdade, essa empresa lançou também a fita de "Acampamento Sinistro II", mas ambos com títulos equivocados, confundindo o público que frequentava as videolocadoras... Deixa eu tentar explicar:

O primeiro "Acampamento Sinistro" não foi lançado em VHS no Brasil, então a Vic Home Vídeo lançou a continuação "Acampamento Sinistro II" como se este fosse o primeiro filme.

Sobre a parte 3, a Vic Filmes lançou como se este fosse "Acampamento Sinistro II". Uma verdadeira "salada" para o fã do Terror!!

Duas fitas VHSs que você sempre encontrava nas prateleiras das videolocadoras, mas suas devidas capas informam títulos enganosos; Muita gente trocou gato por lebre!

ACAMPAMENTO SINISTRO III (1990)

Este é um filme bem menosprezado pelos fãs do Terror, mas garanto que se tivesse um Tom Savini nos efeitos especiais seria muito mais respeitado! 

"Acapamento Sinistro III" segue o estilo do anterior, tem várias mortes e as coisas acontecem com rapidez, mas aqui é visível que tiveram problemas com o baixo orçamento, então as cenas de mortes são muito mal exploradas, tudo mostrado de maneira rápida e tímida, justamente para o espectador não ver os “Defeitos Especiais”.

Eu gosto dos personagens, da fluidez, e da cara de pau da Angela, principalmente do início, com ela entrando na van rumo ao acampamento e onde nos deparamos com o muro pichado: ANGELA IS BACK.

É um filminho morno, eu concordo, porém se tivesse mais sangue e mortes detalhadas, com certeza seria muito mais valorizado pelo público. Veja, por exemplo, “Quem Matou Rosemary?”(1981)…. Tem lindas cenas de mortes e um sangue vistoso que dá gosto de ver, mas a história em si é uma porcaria! Adivinha qual deles é mais estimado pelos fãs??

PHENOMENA 1985

Apesar de ter uma ideia muito longe da minha realidade, e também de não convencer muito o espectador (menina que tem poder e sabe interagir com os insetos?), este filme tem um visual encantador, um bom suspense, e uma trilha sonora bela e envolvente.

A jovenzinha Jennifer Connely também está fantástica, atuando muito bem e surpreendendo com talento e beleza.

O problema é o roteiro confuso, personagens significantes porém pouco explorados, e também há poucas explicações à quem está assistindo, nos deixando com muitas dúvidas no ar…

Mas, ainda assim conseguimos presenciar e sentir toda a dedicação de Dario Argento, e com certeza, a sua experiência em conhecer este filme será de muita validez.

END OF THE LINE - FIM DA LINHA (2007) - Maurice Devereaux

End of the Line (2007)

Dirigido por: Maurice Devereaux

Já havia assistido esse filme canadense em 2009 quando o baixei por torrent, pois o tal não havia saído oficialmente no Brasil (em DVD), então, essa foi a minha única opção para conhecê-lo. 

Lembro que me surpreendi positivamente com essa obra estranha, e longos 14 anos depois, eis que encontro em meus arquivos o mesmo DVD-R que havia gravado… E o melhor vem agora: Não é que o DVD-player conseguiu ler este disco??

Só confirmando novamente: ÓTIMO ROTEIRO, GENTE DOIDA E FANÁTICA RELIGIOSA PROVOCANDO O CAOS (não muito distante da nossa atual realidade, né?), SANGREIRA, SUSPENSE BEM FEITINHO, MUITA IMPREVISIBILIDADE e UMA IDEIA ORIGINAL MUITO INTERESSANTE. Se atentem também às cenas isoladas e percebam como são muito bem amarradas e pontualmente construídas de acordo aos acontecimentos.

Você está a salvo?

O final pode gerar confusão, mas principalmente gerará muitas discussões e debates… tipo, aquela visão nos minutos finais…. o que foi aquilo?? Por que aquela aparição??? Bom, mas teve uma motivação para aquilo, basta só prestar mais atenção nos detalhes!!

Filme único e diferentão! Não é perfeito e também NÃO é para qualquer um… Tanto é que, as distribuidoras da época sacaram essa singularidade e não se interessaram em mostrá-lo aos brasileiros em 2008. 

O NOVO PESADELO - O RETORNO DE FREDDY KRUEGER (1994)

Poster original de cinema - "O NOVO PESADELO - O RETORNO DE FREDDY KRUEGER"

O filme estreou nos cinemas brasileiros no início de 1995, e este é o poster raro e original da época.

"O NOVO PESADELO" (1994) FOI O ÚLTIMO FILME DA SAGA "A HORA DO PESADELO"

Muita nostalgia agora, depois de rever este filme. Lembro quando estreou nos cinemas brasileiros no início de 1995, e a sua chamada “em exibição nos melhores cinemas” era transmitida em todo intervalo comercial da tv globo. Eu fiquei louco para vê-lo, mas como meu pai já havia me levado para ver “O Maskara”, “Ninguém Segura Esse Bebê” e “Frankenstein de Mary Shelley”, então eu não consegui o ingresso para o novo filme de Krueger.

Mas, quando assisti pela primeira vez (no lançamento em vídeo) achei legal pela metalinguagem, mas muito confuso, chato, poucas mortes e com uma história que não convence. E hoje, revendo, foi a mesma coisa. O filme tem uma boa premissa, Freddy Krueger está cruel, sinistro e mais malvadão, mas é um filme muito pretensioso, cansativo, tem muito blá-blá-blá e uma justificativa péssima!!

Vale pela nostalgia, pela cena final (ótimo cenário nos lembrando a Grécia antiga) e pelas cenas que homenageam o clássico de “10 anos atrás”. A atriz Heather Langenkamp também está mais bonita aqui que na época que viveu a chatinha “Nancy”, em 1984.

FILME A DAMA DE BRANCO, 1988

“A DAMA DE BRANCO” É UM CLÁSSICO DO SAUDOSISMO QUE MISTURA TERROR, INFÂNCIA, MISTÉRIO E FANTASIA

“A Dama de Branco” estava sempre nas prateleiras das videolocadoras nos anos 90

Quando um garoto fica trancado no vestiário da escola durante uma brincadeira do Dia das Bruxas, não poderia imaginar que viveria uma experiência inesquecível, quando uma garotinha aparece na escuridão para falar com ele. Ela é uma das dez crianças assassinadas por um psicopata. 

O garoto Frankie presenciando uma manifestação fantasmagórica num cômodo da escola 

Filme meio infantil e meio terror, quase no ritmo de “The Gate” (O Portão, 1987). Tem um início promissor, personagens divertidos e o clima mágico dos anos 80, porém, depois o filme se torna maçante, lento e com alguns furos imperdoáveis.

E o assassino? Ele tinha que morrer, para que os espíritos da mãe e da garotinha pudessem se reencontrar? Isso não fica claro, sendo que o tal encontro é uma das maiores finalidades do filme, e esse momento acaba sendo muito mal executado, infelizmente.

O fantasma de Melissa quer reencontrar sua mãe 

O garotinho protagonista manda muito bem na atuação, lembro que ele fez sucesso na mesma época com “A Testemunha”, longa que passou no início dos anos 90 no Supercine.

“A Dama de Branco” é um filme mediano, a revelação do assassino é ótima e me surpreendeu, mas não explica as suas motivações. 

A película tem ainda péssimos efeitos especiais, beirando o cinema trash (embora ele vá por outra temática mais séria e conceituada), então é perceptível que envelheceu muito mal. 

A Dama de Branco aparece no ápice final 

Outro ponto interessante - e que prende o telespectador - é que aqui vemos escancarado o racismo e o quanto os brancos já foram cruéis e injustos com os negros.
No geral é um filme assistível, sublime, envolvente e criativo… só não tem muita fluidez e é pouco convincente em sua maneira em explicar os acontecimentos.

No Brasil “A Dama de Branco” foi lançado em VHS pela extinta Look Filmes (distribuidora pequena que nos presenteou também outros clássicos da época, como "Natal Sangrento"), e em DVD saiu numa edição bem ordinária pela Magnus Filmes (a qualidade da imagem é bem baixa, e a capa do DVD muito precária e mal feita). 

Aqui o filme saiu em VHS e DVD, mas infelizmente não saiu em Bluray...

Aliás, se existisse legendas em português no Bluray espanhol - "EL MISTERIO DE LA DAMA BLANCA" (o título do filme na Espanha), com certeza eu o compraria principalmente pela sua capa nostálgica, muito semelhante com a capa da VHS que enfeitava as nossas locadoras (imagem acima).

Mesmo diante de tantos altos e baixos, vale a pena conhecer esse misterioso filme!

"HOUSE" (1985) - A CASA DO ESPANTO DE SEAN CUNNINGHAM E STEVE MINER

BEM VINDO AO INFERNO DA CASA DO ESPANTO

O que você encontrarará num filme realizado com grandes nomes da série "Sexta-Feira 13"? 

Muita diversão, é claro! Afinal, o filme do personagem Jason fez muito sucesso e gerou muito entretenimento nos anos 80, então as portas se abriram com mais facilidade à estes realizadores e suas novas histórias de terror, e por que não, de comédia também?

"A CASA DO ESPANTO", título nacional de "HOUSE", é um filme de terror “viajado” e pode não agradar aos fãs mais puritanos ou conservadores do gênero, por juntar bastante humor também no roteiro. Mas, mesmo assim ele conquista a maioria dos espectadores por ter bastante fluidez e umas cenas bem criativas. Muito provavelmente você também irá reconhecer alguns atores / figurantes da série “Sexta-feira 13” (como o "Harold" de "Sexta-Feira 13 Parte 3"), e não estranhe isso, já que, como citado, Sean S. Cunningham (Sexta-feira 13 parte 1) é o produtor e Steve Miner (parte 2 e 3) é o diretor de “A Casa do Espanto”, sem falar ainda na presença de Harry Manfredini, que também é o responsável pela música aqui.

Criatura trash que diverte em algumas cenas bizarras, porém criativas

“A Casa do Espanto” tem cenas divertidíssimas, atuações até que ok, e uma caracterização incrível para o vilão (nos minutos finais). O longa conta a história de Roger Cobb (William Katt), um veterano da guerra do Vietnã cuja carreira como escritor de histórias de horror, sofre uma reviravolta, quando misteriosamente seu filho Jimmy desaparece ao visitar a casa de sua tia. A obcecada procura por seu filho destruiu toda sua carreira como escritor e até mesmo seu casamento, mas agora, com a súbita morte de sua tia, ele retorna a casa onde seu pior pesadelo tem início. É claro que assim como muitos filmes de Sean Cunningham, este também é cheio de furos e cenas que não convencem, mas mesmo assim tem o seu charme e um bom clima de terror e diversão.

Ótima maquiagem e efeitos práticos maravilhosos chamam a nossa atenção na caracterização do vilão

O filme tem algumas cenas memoráveis e algumas absurdas, como as criaturas na chaminé; o espelho que dá acesso ao outro mundo; o enterro da monstra onde ela começa a tentar pegar o pé da gostosa (hahaha); o cachorro fugindo com a mão da monstra (hahaha); a mão da monstra voltando para a casa - grudada nas costas do garotinho (hahaha); o vizinho intrometido; a vizinha invasora que nada na piscina do escritor sem ser convidada (que deusa de mulher!); e o soldado que volta para se vingar. Não é um clássico grandioso, mas com certeza é um simpático e divertido passatempo!!

Mas, que p#* é essa? 

Criatura bizarra em "A Casa do Espanto"

E os fãs deste longa tem motivos de sobra para comemorar (ou não)... Sean Cunningham, um dos realizadores do original, anunciou que está trabalhando num possível remake de "House". 

Será que sai em algum dia? Só lembrando que o pai de Jason Voorhees completou 82 anos de idade no último dia 31 de dezembro. Ele já está bem velhinho, mas me parece ainda muito ativo, inclusive brigando com muito fôlego nos tribunais pelos direios autorais de "Sexta-Feira 13".

HOUSE II (1987)

Depois do sucesso...

Como dito acima, apesar dos defeitos do filme original, a obra de "terrir" de 1985 conseguiu fazer um merecido sucesso entre o público, e diante disso, é claro que os cineastas iriam trabalhar numa sequência...certo?? Então, aqui está "HOUSE 2", que para nós foi traduzido como " A CASA DO ESPANTO 2".

Mas, se você esperava ver uma continuação da história anterior... vai ter uma grande decepção! Nada do que foi retratado em "House" (1985) tem relação com a história desta sequência, incluindo os personagens do original. Agora é uma outra casa, outros protagonistas, outros vilões, e etc...

A ideia dos produtores de "House" era justamente essa, fazer sempre uma sequência diferente do filme anterior, pois não queriam ficar apegados às histórias antecessoras, mas sim criar novas situações de terror envolvendo uma casa.

Não é uma continuação do filme original, e isso fica claro em seu subtítulo: "A Segunda História"

Aqui em "A Casa do Espanto II", realizado em 1987, a história traz mais uma vez alguns "astros" da série "Sexta-Feira 13", como Lar Par Lincoln (a mocinha da Parte 7), Kane Hodder (o Jason das partes 7,8,9,10) e novamente Ronn Carroll (o policial da parte 1) e que também participou de "House" (1985).

A trama de "A Casa do Espanto II" envolve Jesse (Arye Gross), o tataraneto de um velho fora-da-lei e antigo dono da casa. Jesse recebe a mansão "assombrada" como herança, embora tenha sido nela que seus pais foram mortos quando ele ainda era um bebê. 

Acreditando que seu tataravô tenha enterrado uma misteriosa caveira asteca em algum lugar na casa, com a ajuda de Kate (Lar Par Lincoln), sua namorada, e seu amigo Charlie (Jonathan Stark), Jesse inicia sua busca pelo tesouro. Jesse acaba desenterrando também o seu tataravô (Royal Dano) e descobre que o velho usou os poderes da tal caveira que proporciona a imortalidade a quem a possui. Mas, logo surgem criaturas do além que estão determinados a colocar também as suas mãos na poderosa caveira, assim como o velho cadáver que insiste em mantê-la consigo... Tem início então a um cansativo duelo entre dois feiticeiros, uma série de eventos chatos e às vezes, muito ridículos.

O vilão até é bem feito e tem um visual bem marcante, mas isso não é o suficiente para salvar o filme, que é bem tedioso... 

Os protagonistas em todo o momento ficam procurando a caveira que é roubada por diversas criaturas, mas quando é reencontrada, eles a guardam novamente no mesmo local visível de antes, onde qualquer pessoa tem acesso... um filme cheio de furos e ideias absurdas.

Sim meus amigos, este é um típico filme banal e totalmente descartável que subestima a inteligência do espectador. Não tem a fluidez do primeiro, além de não apresentar aquela dosagem perfeita de comédia com terror contida no original de 1985. Agora é só um humor chato, exagerado e sem graça. Sai o Terror, fica a Comédia pastelona e entra um pouco de Aventura. As criaturas também são bem cafonas, muito mal caracterizadas (como aquela centopeia ridícula que age como um cachorro), assim como os demais personagens que são extremamente caricatos. O visual do vilão achei interessante, mas nada além disso.

É com certeza, um dos piores filmes que já assisti na vida… Muito ruim, entediante, sem sentido algum… uma grande vergonha alheia!

A série teve ainda outras duas sequências, que espero poder falar em breve, mas assim como mencionado, partem para outras histórias totalmente isoladas e diferentes.

A VHS brasileira de "A CASA DO ESPANTO III"

Uma curiosidade, é que o DVD lançado no Brasil contém cenas a menos que a antiga fita...

Eu acho interessante a história de "A CASA DO ESPANTO III", pois diferente dos anteriores, este NÃO podemos chamá-lo de "House III", pois foi lançado com um outro título nos EUA. 

Sim! Este não se trata de um filme da série "House", mas foi distribuído mundialmente - inclusive no Brasil - como se fosse parte da série, de maneira muito oportunista apenas para aproveitar o sucesso da marca "A Casa do Espanto".

O nome original deste "terceiro filme" é "The Horror Show" (1989) e até que tem uma história legal, mas não funciona quando você começa a assistir. O roteiro tenta copiar muito "A Hora do Pesadelo", e o pior, a versão que está disponível em DVD está totalmente editada. A VHS lançada por aqui nos anos 90, e também a transmissão realizada no SBT, continham cenas a mais. Uma pena, pois o filme em si já não é grande coisa, aí eles ainda lançam uma versão com cortes...

Estou em busca da versão original, e espero encontrar para depois fazer uma nova postagem, contando aqui a minha experiência com A CASA DO ESPANTO III e IV.

Até mais, e se cuidem!